Uma outra relação com o tempo
Dentro da reflexão constante que faço de que não há só uma forma de fazer, sentir, olhar, viver, trabalhar, estudar, enfim de estar no mundo, trago aqui pensamentos sobre uma outra forma de se relacionar com o tempo.
Este final de semana participei de um retiro para empreendedores onde muito se falou sobre o tempo. Desde a importante menção ao fato de que o planeta não tem mais tempo para nos esperar acreditar e decidir se a mudança climática é real ou não, até um novo aprendizado sobre alinhar as atividades e produtividade de acordo com os ciclos do nosso corpo, em especial, para nós mulheres que vivemos todo mês o ciclo que permite a geração de novas vidas.
Quem já se permitiu uma pausa e teve a disponibilidade, coragem ou ousadia de participar de um retiro, sabe que quando retornamos podemos viver um período intenso de reflexão, confusão, alegria, otimismo, e tantas outras sensações, tudo ao mesmo tempo agora, enquanto vamos digerindo o novo que se apresenta.
Estava nesse processo enquanto tomava café nesta manhã, quando li o e-mail semanal que recebo da revista Vida Simples, com sugestões de livros.
O primeiro da lista era esse da foto, do escritor Haemin Sunim – "As coisas que você só vê quando desacelera”.
Esse foi o impulso para escrever esse texto. Peguei o livro que li há 3 anos e “gastei” um bom tempo relendo partes dele nesta manhã chuvosa em uma São Paulo enlouquecida. Aqui um trecho para refletir!
“Quando estiver ocupado a ponto de se sentir constantemente perseguido, quando as preocupações tomarem a sua mente, quando o futuro parecer sombrio e incerto, quando estiver magoado com algo que alguém falou, desacelere, mesmo que apenas por um momento. Traga toda a sua consciência para o momento presente e respire fundo.
O que você está ouvindo? Quais são as sensações no seu corpo? Como está o céu?
Apenas quando desaceleremos é que finalmente vemos com clareza nossos relacionamentos, nossos pensamentos e nossa dor. Quando vamos mais devagar, não ficamos mais presos a eles. Podemos nos distanciar e apreciá-los pelo que são.”